Meu Baobá

 

A todos os pedidos de desculpas não ditos.

A todas a feridas abertas e não cicatrizadas.

A todas as mentiras declaradas como verdade.

A todos os momentos que gostaria de ter novamente.

 

A tudo isto, planto uma semente em meu Coração que, rapidamente, germina. Seu fruto é uma bela e frondosa árvore que cresce, cresce e cresce... Cresce até sua copa alcançar meu Espírito. E, como um belo baobá invertido pelos antigos Deuses Africanos, seus galhos criam raízes por lá também.

Mas esta árvore espiritual é tão bela quanto venenosa e, sendo assim, danosa. Conecta emoções diferentes. O Coração é tempestivo. O Espírito é longevo. E, ao criar tantas raízes fortes acima e abaixo do seu tronco, pois esta é a natureza do Baobá, estabiliza, fixa tantas coisas. Estabiliza tanto terreno quanto fixa veneno.

A todas estas sementes de veneno eu peço para não germinarem. E, caso germinem, que a beleza do meu Baobá espiritual não seja barreira perante a necessidade de derrubá-lo.

 

 

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